Nunca gostei de votos de Feliz Natal, de próspero Ano Novo, do que quer que seja, quando vindos de pessoas jurídicas - ou, mais especificamente, de empresas. Se se admitisse que uma empresa pudesse desejar alguma coisa sería facturar e sobreviver. Mas o Negreiros é também uma família - pessoas físicas, portanto. Este blog, como a página do Negreiros no Facebook, reflete bem essa dupla existência: produto (que se vende) e gente (que deseja, que ama, que aspira, que gosta, que desgosta, que quer...). Então não é o Negreiros - somos, isso sim, os Negreiros que desejamos a toda a gente um Feliz Natal e um Feliz Ano Novo!
Saúde!
Encomendas, etc
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
sábado, 11 de dezembro de 2010
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Negreiros para as ilhas
O Negreiros anda com a mania das ilhas. Há dias, foi a primeira carga para a Madeira (onde a Salva Rubra é o nosso distribuidor exclusivo); e agora estou a tratar da papelada para a primeira carga para o Reino Unido, mais especificamente, para os premiadíssimos Naked Wines (http://www.nakedwines.com/).
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Rótulos do Reserva
Em primeira mão para os seguidores do blog e do Facebook do Negreiros, aqui vai a fotografia das primeiras garrafas do Reserva 2007, com os rótulos acabadinhos de saír dos fornos da gráfica Vox, colados à mão, ainda sem as cápsulas.
Sobre esses rótulos tenho a dizer o seguinte:
Sendo muito diferentes dos rótulos do Negreiros colheita, mantêm a identidade graças à força do "lettering" concebido pelo Grande Miguel Viana. Mantêm também o jogo entre a modernidade limpa do inox e o elemento tosco da mão humana, da tradição e do saber antigo - que, nos rótulos do Negreiros colheita, se expressa na fotografia da parede de xisto e, nestes, no desenho dos três pisadores, feito por um Negreiros, em corrector branco sobre cartolina preta ("é como pintar com pasta de dentes", disse o Negreiros desenhador).
O resultado, parece-me, ficou muito elegante mas também muito afectivo. É uma garrafa que dá vontade de pegar.
Sobre esses rótulos tenho a dizer o seguinte:
Sendo muito diferentes dos rótulos do Negreiros colheita, mantêm a identidade graças à força do "lettering" concebido pelo Grande Miguel Viana. Mantêm também o jogo entre a modernidade limpa do inox e o elemento tosco da mão humana, da tradição e do saber antigo - que, nos rótulos do Negreiros colheita, se expressa na fotografia da parede de xisto e, nestes, no desenho dos três pisadores, feito por um Negreiros, em corrector branco sobre cartolina preta ("é como pintar com pasta de dentes", disse o Negreiros desenhador).
O resultado, parece-me, ficou muito elegante mas também muito afectivo. É uma garrafa que dá vontade de pegar.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Guia
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
A Medalha
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
O Negreiros no Guia dos Vinhos de Portugal
terça-feira, 19 de outubro de 2010
O Negreiros no programa "A Hora de Baco"
Para quem não viu, aqui vai o programa "A Hora de Baco", da RTPN, sobre as vindimas nocturnas na Quinta das Amendoeiras.
http://ww1.rtp.pt/multimedia/progVideo.php?tvprog=17208&idpod=46033
http://ww1.rtp.pt/multimedia/progVideo.php?tvprog=17208&idpod=46033
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
A luz de Outono
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Fatiota
A ligar o desengaçador
Depois de colhidas as uvas, é preciso levá-las para o lagar. E quem é que liga o desengaçador?
DENÚNCIA!
Produtor de vinho usa a força de trabalho da própria filha, de 5 anos(!) para vindimar (à noite!).
domingo, 26 de setembro de 2010
Obrigado!
Estou impressionado e tomado de gratidão pelo pessoal que tem feito a vindima na Quinta das Amendoeiras. Na quinta-feira à noite, começaram a vindimar às 23:00h e só acabaram às 8:30h. Acabaram? Não para sete deles. Ainda era preciso pisar o mosto. E lá ficaram até às 13:30h (depois de lavar o desengaçador, a bomba e a mangueira, também lá entrei). A minha gratidão a todos e, especialmente, ao caseiro, Manuel da Cruz (o primeiro à esquerda, no vídeo que aqui vai), que os conseguiu mobilizar e animar nessa longa jornada.
Primeiras uvas
Caros amigos, só hoje lhes dou conta da vindima nocturna que fizemos de quinta para sexta-feira porque – acredite-se – a rede móvel, quando chega, chega fraca à Quinta das Amendoeiras, a rede fixa é analógica, e a ligação à net é rápida como há 15 anos. Mas, sobre a vindima nocturna: gostei muito. Já esperava que fosse mais lenta do que a diúrna mas foi ainda mais do que pensava. Começámos às 23:00h de quinta-feira e só acabámos às 8:30h de sexta. Parte da culpa também é da casta colhida – a maravilhosa Touriga Nacional tem a mania de nascer em cachinhos pequeninos. Mas o resultado foi excelente. As uvas chegavam ao lagar a cerca de 15ºC e, ao contrário do que acontece quando se colhe ao sol, a adega não ficou impregnada do seu cheiro. E era isso mesmo que se pretendia. Gosto muito do cheiro do mosto mas perfiro que os aromas fiquem retidos nele, que sejam engarrafados, para que só se libertem no copo. E é para isso que quero o mosto fresco. Também notei que era facílimo lavar as caixas e o equipamento. Uma mangueirada e já está, ao contrário do que acontece na colheita ao sol, quando uma gosma açucarada teima em agarrar-se a tudo. O vídeo que ponho aqui documenta a chegada da primeira carga à adega. A câmara profissional que se vê é d´”A Hora de Baco”, da RTP, que veio cobrir a nossa vindima (quando for ao ar, aviso).
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
O Negreiros no restaurante A Charcutaria
É o melhor de dois mundos: o melhor da comida alentejana com o melhor do vinho do Douro.
O Negreiros chegou ao restaurante "A Charcutaria" (http://aeiou.escape.expresso.pt/lisboa/restaurantes/a-charcutaria-campo-de-ourique:5-316122).
Primeiras caixas entregues hoje.
O Negreiros chegou ao restaurante "A Charcutaria" (http://aeiou.escape.expresso.pt/lisboa/restaurantes/a-charcutaria-campo-de-ourique:5-316122).
Primeiras caixas entregues hoje.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Comer, beber, lazer... e conversa
O blog Comer, Beber e Lazer fez 3 perguntas a um Negreiros. O original (com fotografia e tudo) está em http://comerbeberlazer.blogspot.com/2010/09/passatempo-um-vinho-uma-conversa-mario.html.
Passatempo "Um Vinho, Uma Conversa"... Mário Negreiros
Na passada segunda-feira tivemos a primeira parte do Passatempo "Um Vinho, Uma Conversa". Tivemos Um Vinho. O Negreiros 2007. Agora a Conversa com Mário Negreiros. Amanhã a divulgação do vencedor do Passatempo.
Como define o Negreiros?
Negreiros é, antes de tudo, uma família, um clã, um núcleo de afecto e de solidariedade. A grande referência desse núcleo é o meu pai, Joaquim, que herdou do pai dele, também Joaquim, a Quinta das Amendoeiras. É ele que orienta cada passo que, como administrador, dou na Quinta das Amendoeiras - nada, na Quinta, se faz ou desfaz sem a aprovação dele. E a Quinta das Amendoeiras também pretende ser um núcleo. Um núcleo físico em que o clã Negreiros possa estar junto, de que esta família se possa orgulhar. E é aí que entra o vinho. Queremos ter - e temos! - orgulho nele. Além disso, já há muito que sabemos que as uvas não sustentam uma Quinta no Douro, que é preciso acrescentar valor, ou seja, fazer vinho delas. Há, portanto, uma componente económica na nossa decisão de fazer o vinho Negreiros, mas até essa componente está a serviço do que a precede, que é o núcleo de afecto e de solidariedade que faz dos Negreiros uma família. O vinho Negreiros é, portanto, mais do que um vinho feito com amor. É um vinho feito por amor.
Depois da reabilitação da Quinta das Amendoeiras em 2004 foram produzidos vinhos com melhoria de qualidade de ano para ano. Como vê o futuro da Negreiros?
É verdade, salvo o grande tropeço de 2006, quando nenhuma garrafa produzida na Quinta das Amendoeiras se mostrou digna de receber o nosso rótulo, a qualidade só tem melhorado. Não tenho ilusões de que isso se mantenha assim para sempre. Haverá anos melhores e anos piores, mas - e o 2006 está aí para o provar - em anos melhores teremos mais Negreiros; em anos piores, menos Negreiros, e se em algum ano o nosso melhor vinho for inferior ao padrão mínimo que nos impomos (que é elevado), não tenha dúvidas: não haverá Negreiros. O que não podemos é meter o nosso nome num vinho que não o mereça.
Diante disso, o único futuro que posso esperar é a conquista - lenta, bem sei, muito lenta - da confiança dos consumidores. Ninguém aqui pretende fazer do Negreiros um "pop star". Nunca seremos um vinho de multidões, a nossa dimensão nunca nos permitirá uma grande visibilidade, mas, a pouco e pouco, vamos conquistando palatos, narizes e retinas (não necessariamente nessa ordem).
Como foi receber a Medalha de Ouro no 18º Concurso Internacional de Vinhos de Montanha, em Courmayeur (Itália)?
Literalmente? Foi por e-mail. Um e-mail que imagino que tenha sido um texto geral a todos os "medalhados", a dizer alguma coisa como "em anexo, a sua premiação". Podia ser ouro, prata ou bronze. O meu coração começou a bater mais forte enquanto o computador abria o anexo. Quando se abriu e vi lá escrito "Ouro" fiquei radiante. Era o reconhecimento do nosso trabalho, a recompensa do esforço e, menos do que isso, a hipótese de aumento das vendas. E, quando digo que a medalha de ouro mais me importou pelo reconhecimento do que pelo que representasse de aumento das vendas não estou a ser demagógico. É que, de facto, há uma certa banalização das medalhas. Medalhas a mais tiram peso a cada uma delas. Mas nem todas são internacionais - portanto, menos sujeitas a simpatias (bem ou mal intencionadas). Mas, se quer saber qual foi a mensagem mais simpática que recebi depois dessa medalha, foi a do Manfred, do Chafariz do Vinho. Na sua objectividade germânica, enviou-me um e-mail lindo: "Parabéns! Quatro caixas". Já foram entregues. E pagas.
Passatempo "Um Vinho, Uma Conversa"... Mário Negreiros
Na passada segunda-feira tivemos a primeira parte do Passatempo "Um Vinho, Uma Conversa". Tivemos Um Vinho. O Negreiros 2007. Agora a Conversa com Mário Negreiros. Amanhã a divulgação do vencedor do Passatempo.
Como define o Negreiros?
Negreiros é, antes de tudo, uma família, um clã, um núcleo de afecto e de solidariedade. A grande referência desse núcleo é o meu pai, Joaquim, que herdou do pai dele, também Joaquim, a Quinta das Amendoeiras. É ele que orienta cada passo que, como administrador, dou na Quinta das Amendoeiras - nada, na Quinta, se faz ou desfaz sem a aprovação dele. E a Quinta das Amendoeiras também pretende ser um núcleo. Um núcleo físico em que o clã Negreiros possa estar junto, de que esta família se possa orgulhar. E é aí que entra o vinho. Queremos ter - e temos! - orgulho nele. Além disso, já há muito que sabemos que as uvas não sustentam uma Quinta no Douro, que é preciso acrescentar valor, ou seja, fazer vinho delas. Há, portanto, uma componente económica na nossa decisão de fazer o vinho Negreiros, mas até essa componente está a serviço do que a precede, que é o núcleo de afecto e de solidariedade que faz dos Negreiros uma família. O vinho Negreiros é, portanto, mais do que um vinho feito com amor. É um vinho feito por amor.
Depois da reabilitação da Quinta das Amendoeiras em 2004 foram produzidos vinhos com melhoria de qualidade de ano para ano. Como vê o futuro da Negreiros?
É verdade, salvo o grande tropeço de 2006, quando nenhuma garrafa produzida na Quinta das Amendoeiras se mostrou digna de receber o nosso rótulo, a qualidade só tem melhorado. Não tenho ilusões de que isso se mantenha assim para sempre. Haverá anos melhores e anos piores, mas - e o 2006 está aí para o provar - em anos melhores teremos mais Negreiros; em anos piores, menos Negreiros, e se em algum ano o nosso melhor vinho for inferior ao padrão mínimo que nos impomos (que é elevado), não tenha dúvidas: não haverá Negreiros. O que não podemos é meter o nosso nome num vinho que não o mereça.
Diante disso, o único futuro que posso esperar é a conquista - lenta, bem sei, muito lenta - da confiança dos consumidores. Ninguém aqui pretende fazer do Negreiros um "pop star". Nunca seremos um vinho de multidões, a nossa dimensão nunca nos permitirá uma grande visibilidade, mas, a pouco e pouco, vamos conquistando palatos, narizes e retinas (não necessariamente nessa ordem).
Como foi receber a Medalha de Ouro no 18º Concurso Internacional de Vinhos de Montanha, em Courmayeur (Itália)?
Literalmente? Foi por e-mail. Um e-mail que imagino que tenha sido um texto geral a todos os "medalhados", a dizer alguma coisa como "em anexo, a sua premiação". Podia ser ouro, prata ou bronze. O meu coração começou a bater mais forte enquanto o computador abria o anexo. Quando se abriu e vi lá escrito "Ouro" fiquei radiante. Era o reconhecimento do nosso trabalho, a recompensa do esforço e, menos do que isso, a hipótese de aumento das vendas. E, quando digo que a medalha de ouro mais me importou pelo reconhecimento do que pelo que representasse de aumento das vendas não estou a ser demagógico. É que, de facto, há uma certa banalização das medalhas. Medalhas a mais tiram peso a cada uma delas. Mas nem todas são internacionais - portanto, menos sujeitas a simpatias (bem ou mal intencionadas). Mas, se quer saber qual foi a mensagem mais simpática que recebi depois dessa medalha, foi a do Manfred, do Chafariz do Vinho. Na sua objectividade germânica, enviou-me um e-mail lindo: "Parabéns! Quatro caixas". Já foram entregues. E pagas.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Ouro!
Dúvidas?
Se antes havia, já não há.
O Negreiros passou a integrar a belíssima carta do Restaurante Sem Dúvida (http://www.lifecooler.com/Portugal/restaurantes/MarisqueiraSemDuvida).
Primeiras caixas entregues ontem.
O Negreiros passou a integrar a belíssima carta do Restaurante Sem Dúvida (http://www.lifecooler.com/Portugal/restaurantes/MarisqueiraSemDuvida).
Primeiras caixas entregues ontem.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Quem for lá e clicar em "wine partners" vai encontrar uma lista de belos vinhos - e o Negreiros é um deles
http://www.the-yeatman-hotel.com/
terça-feira, 10 de agosto de 2010
domingo, 8 de agosto de 2010
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Duas Negreiros e uma Clarice
sexta-feira, 23 de julho de 2010
É OURO!!!
O Negreiros 2007 recebeu Medalha de Ouro no 18º Concurso Internacional de Vinhos de Montanha, em Courmayeur (Itália).
Acabei de receber o e-mail com a notícia. Foi a primeira competição de que particípámos, e voltamos com Ouro. É bom!...
Acabei de receber o e-mail com a notícia. Foi a primeira competição de que particípámos, e voltamos com Ouro. É bom!...
quarta-feira, 21 de julho de 2010
O trabalho do tempo
quarta-feira, 7 de julho de 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Negreiros 2007 - nota 16,5/20 no blog Comer, Beber e Lazer
Quem quiser ver o original deve ir a http://comerbeberlazer.blogspot.com/2010/06/negreiros-2007_22.html mas a nota de prova está aqui:
Nota de Prova
Após ter publicado uma nota de prova acerca do Negreiros 2007 em que fazia menção ao facto de a não ter feito com todas as condições que penso ser necessárias a uma prova válida , eis que o produtor Mário Negreiros de imediato se prontificou a oferecer-me uma garrafa para que a pudesse desfrutar ao máximo.
Agora, após decante do Vinho, pude apreciar melhor a sua cor e aromas. Ainda no decanter observei a sua cor granada bem marcada. Já no copo pude apreciar um aroma intenso a frutos vermelhos bem maduros, como a amora silvestre, muito bem mesclados pelo nítido estágio em madeira. Como sabem, adoro perder algum tempo na apreciação dos aromas do vinho e este é daqueles que nos fazem perdem algum.
Na boca a confirmação de um vinho de taninos marcados, com muita fruta vermelha mesclada com estágio em madeira que já havia sentido no aroma. Algo balsamico. Um vinho bem estruturado, equilibrado e encorpado mas que continuo a sentir um pouco rugoso. Final bastante comprido. Será interessante ver como está daqui a um ou dois anos.
Classificação: 16,5/20
Nota de Prova
Após ter publicado uma nota de prova acerca do Negreiros 2007 em que fazia menção ao facto de a não ter feito com todas as condições que penso ser necessárias a uma prova válida , eis que o produtor Mário Negreiros de imediato se prontificou a oferecer-me uma garrafa para que a pudesse desfrutar ao máximo.
Agora, após decante do Vinho, pude apreciar melhor a sua cor e aromas. Ainda no decanter observei a sua cor granada bem marcada. Já no copo pude apreciar um aroma intenso a frutos vermelhos bem maduros, como a amora silvestre, muito bem mesclados pelo nítido estágio em madeira. Como sabem, adoro perder algum tempo na apreciação dos aromas do vinho e este é daqueles que nos fazem perdem algum.
Na boca a confirmação de um vinho de taninos marcados, com muita fruta vermelha mesclada com estágio em madeira que já havia sentido no aroma. Algo balsamico. Um vinho bem estruturado, equilibrado e encorpado mas que continuo a sentir um pouco rugoso. Final bastante comprido. Será interessante ver como está daqui a um ou dois anos.
Classificação: 16,5/20
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terça-feira, 15 de junho de 2010
Berlim
O Negreiros passou a semana passada na Alemanha, no que foram os primeiros contactos para a exportação do nosso vinho para lá.
Lá, como cá, estão todos muito receosos e retraídos. Em Berlim, especialmente, as pessoas pareceram-me preocupadíssimas. É uma cidade muito específica, onde nunca houve muito dinheiro e que viveu de maneira especialmente radical as consequências económicas - e as outras todas - da unificação.
Julgava encontrar uma cidade mais do que moderna - vanguardista! - e qual não foi a minha surpresa ao ver os nomes em cartaz na cidade: Jeff Beck, Alice Cooper, John Maiall, Rod Stewart... todos senhores de sessentas ou mais. Claro que Berlim é muito mais do que isso mas é muito mais o passadismo do que o vanguardismo que salta aos olhos.
O que vi de melhor em Berlim foi poder andar de bicicleta de um canto ao outro da cidade, como, aliás, acontece na Alemanha em geral. Foi de bicicleta que entreguei boa parte dos vinhos que levei como amostras, e foi de bicicleta que encontrei esses senhores que, tão pesados, andam sobre a água.
Lá, como cá, estão todos muito receosos e retraídos. Em Berlim, especialmente, as pessoas pareceram-me preocupadíssimas. É uma cidade muito específica, onde nunca houve muito dinheiro e que viveu de maneira especialmente radical as consequências económicas - e as outras todas - da unificação.
Julgava encontrar uma cidade mais do que moderna - vanguardista! - e qual não foi a minha surpresa ao ver os nomes em cartaz na cidade: Jeff Beck, Alice Cooper, John Maiall, Rod Stewart... todos senhores de sessentas ou mais. Claro que Berlim é muito mais do que isso mas é muito mais o passadismo do que o vanguardismo que salta aos olhos.
O que vi de melhor em Berlim foi poder andar de bicicleta de um canto ao outro da cidade, como, aliás, acontece na Alemanha em geral. Foi de bicicleta que entreguei boa parte dos vinhos que levei como amostras, e foi de bicicleta que encontrei esses senhores que, tão pesados, andam sobre a água.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
O que fazer com as barricas vazias de arte?
Vazia do seu primeiro vinho, a barrica de carvalho novo pode ser re-utilizada, no máximo, 3 vezes. Depois disso, há quem as raspe por dentro e as toste outra vez. O resultado pode não ser mau, mas já não é a mesma coisa.
Por isso, as barricas - caríssimas quando novas - valem uma miséria depois de esvaziadas da arte que ajudaram a compôr.
Uma solução engraçada é a mostrada na exposição "B´Art-Hic", em Montreal, Canadá - http://www.maitredecave.ca/inventaires.htm.
Enchê-las de arte já não funciona tão bem? Cubramo-las, então, dela.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
O Reserva 2007 no blog Adega dos Leigos
O original está em http://adegadosleigos.blogspot.com/2010/06/negreiros-reserva-tinto-2007.html
O texto é o seguinte:
"Ontem à noite tive o privilégio de abrir um Negreiros Reserva Tinto, de 2007. A sua cor é logo motivo de grande curiosidade, pois é vermelho violeta escuro sendo bastante atraente. Foi-me oferecido sem rótulo, mas fiz questão de por à mesma uma foto.
Com um aroma elegante, fruta madura, amoras e framboesa em destaque, com leves notas de madeira. Na boca suas garras soltam-se e mostra então seu poder. Com fruto maduro, equilibrado, sugestões de cacau amargo, leve toque de madeira e especiarias. Muito suave, encorpado e com final muito longo. Um vinho que a meu ver, é tipico de boas uvas, de bom clima, de bons solos e de um excelente trabalho. Quem puder provar que o faça, pois é um vinho de qualidade.
Nota: 17"
O texto é o seguinte:
"Ontem à noite tive o privilégio de abrir um Negreiros Reserva Tinto, de 2007. A sua cor é logo motivo de grande curiosidade, pois é vermelho violeta escuro sendo bastante atraente. Foi-me oferecido sem rótulo, mas fiz questão de por à mesma uma foto.
Com um aroma elegante, fruta madura, amoras e framboesa em destaque, com leves notas de madeira. Na boca suas garras soltam-se e mostra então seu poder. Com fruto maduro, equilibrado, sugestões de cacau amargo, leve toque de madeira e especiarias. Muito suave, encorpado e com final muito longo. Um vinho que a meu ver, é tipico de boas uvas, de bom clima, de bons solos e de um excelente trabalho. Quem puder provar que o faça, pois é um vinho de qualidade.
Nota: 17"
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Negreiros entre as 13 "boas compras" apontadas pela revista Wine
Entre brancos, tintos e generosos, a revista Wine escolheu 13 vinhos para apontar como "boas compras".
O Negreiros é um deles.
E é descrito nos seguintes termos:
"Granada profundo. Aromas de ameixas e nozes, criando um clima convidativo. Boca fresca, sentindo-se uma estrutura bem urdida, com taninos finos e macios. Comprimento apreciável, sem perder a elegância. Consumo: 2010-2020 16ºC
Nota: 16"
O Negreiros é um deles.
E é descrito nos seguintes termos:
"Granada profundo. Aromas de ameixas e nozes, criando um clima convidativo. Boca fresca, sentindo-se uma estrutura bem urdida, com taninos finos e macios. Comprimento apreciável, sem perder a elegância. Consumo: 2010-2020 16ºC
Nota: 16"
quarta-feira, 26 de maio de 2010
sexta-feira, 21 de maio de 2010
A rolha de um Negreiros já aberto
terça-feira, 11 de maio de 2010
O Negreiros no blog Adega dos Leigos
Abaixo, vai o texto mas quem quiser ir directo à fonte deve ir a http://adegadosleigos.blogspot.com
NEGREIROS TINTO 2007
Hoje conheci Mário Negreiros. Produtor do vinho Negreiros, na sua Quinta das Amendoeiras, no Douro Superior, local privilegiado e de vinhos nobres.
Depois de alguns mails trocados, fui ter com ele a sua residência, onde nos sentámos e nos pusemos à conversa durante um tempo. Pessoa muito simpática, aberta ao diálogo, sem problemas de contar mais um pouco da sua história e da história de sua familia, com visão e ambição. Começou por me contar como o seu vinho é feito, quantidades, tipo de castas, e tudo o que envolve sua produção. Passámos pelos enólogos Anselmo Mendes e Pedro Bravo, que produziram o Negreiros 2005 e o que está agora a seu lado, João Brito e Cunha que já produziu o Negreiros 2007. Falámos do passado, do presente e do futuro, que também é muito importante estar presente nas ideias a querer implantar. Adorei a conversa, pois é extremamente agradável conhecer e falar com quem sabe e percebe do assunto.
Trouxe de casa dele dois vinhos: Negreiros 2005 Tinto e Negreiros 2007 Tinto.
Ao chegar a casa, não resisti à conversa que me proporcionou, e com grande expectativa, abri o Negreiros 2007.
Não sei se todos o fazem, mas ao abrir uma garrafa cheiro sempre a ronha. Agradou-me muito o seu aroma.
Sua cor é muito escura, compacta.
O seu aroma no copo foi extremamente cheio, fruta madura, groselha e talvez ginja, madeira muito presente, e alguma baunilha, proveniente do estágio que fez na madeira.
Na boca, muito encorpado e com boa acidez. Mais uma vez muita fruta madura, baunilha e algum chocolate negro, suave e ponposo. Cada prova que fazia, notava-se que ele ganhava mais forma, mais contraste, deixava-se descontrair no contacto com o ar. Fiquei bastante surpreendido, pois esperava um bom vinho, mas encontrei um vinho bem superior ao que esperava.
Desde já agradeço ao Sr. Mário Negreiros pela atenção, pelo vinho, pela simpatia, e que tenha todo o sucesso que merece.
Nota: 16,5
NEGREIROS TINTO 2007
Hoje conheci Mário Negreiros. Produtor do vinho Negreiros, na sua Quinta das Amendoeiras, no Douro Superior, local privilegiado e de vinhos nobres.
Depois de alguns mails trocados, fui ter com ele a sua residência, onde nos sentámos e nos pusemos à conversa durante um tempo. Pessoa muito simpática, aberta ao diálogo, sem problemas de contar mais um pouco da sua história e da história de sua familia, com visão e ambição. Começou por me contar como o seu vinho é feito, quantidades, tipo de castas, e tudo o que envolve sua produção. Passámos pelos enólogos Anselmo Mendes e Pedro Bravo, que produziram o Negreiros 2005 e o que está agora a seu lado, João Brito e Cunha que já produziu o Negreiros 2007. Falámos do passado, do presente e do futuro, que também é muito importante estar presente nas ideias a querer implantar. Adorei a conversa, pois é extremamente agradável conhecer e falar com quem sabe e percebe do assunto.
Trouxe de casa dele dois vinhos: Negreiros 2005 Tinto e Negreiros 2007 Tinto.
Ao chegar a casa, não resisti à conversa que me proporcionou, e com grande expectativa, abri o Negreiros 2007.
Não sei se todos o fazem, mas ao abrir uma garrafa cheiro sempre a ronha. Agradou-me muito o seu aroma.
Sua cor é muito escura, compacta.
O seu aroma no copo foi extremamente cheio, fruta madura, groselha e talvez ginja, madeira muito presente, e alguma baunilha, proveniente do estágio que fez na madeira.
Na boca, muito encorpado e com boa acidez. Mais uma vez muita fruta madura, baunilha e algum chocolate negro, suave e ponposo. Cada prova que fazia, notava-se que ele ganhava mais forma, mais contraste, deixava-se descontrair no contacto com o ar. Fiquei bastante surpreendido, pois esperava um bom vinho, mas encontrei um vinho bem superior ao que esperava.
Desde já agradeço ao Sr. Mário Negreiros pela atenção, pelo vinho, pela simpatia, e que tenha todo o sucesso que merece.
Nota: 16,5
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quinta-feira, 6 de maio de 2010
Contas
Fui ao http://www.adegga.com/ e vi que o Negreiros 2007 está com nota 4.1 (em 5).
Dei-me ao trabalho de ver os preços dos 40 vinhos portugueses que, no mesmo site, revelavam o preço e mereciam a mesma nota.
Somei todos os preços e dividi por 40. O preço médio dos vinhos com nota 4.1 no Adegga é 20,13 euros.
Um Negreiros 2007, numa garrafeira, sai a até 12,00 euros e, comprado directamente do produtor, a 6,00 euros (IVA incluído) - menos de 1/3 do preço médio dos vinhos com a mesma classificação.
terça-feira, 4 de maio de 2010
segunda-feira, 3 de maio de 2010
quarta-feira, 28 de abril de 2010
sábado, 24 de abril de 2010
O Negreiros no blog Os vinhos
Pedro Rafael Barata provou dois Negreiros.
O 2005 saiu-se com nota 15.
O 2007, com 16.
A descrição da prova está em http://osvinhos.blogspot.com/2010/04/prova-de-vinhos-negreiros-abr2010.html
O 2005 saiu-se com nota 15.
O 2007, com 16.
A descrição da prova está em http://osvinhos.blogspot.com/2010/04/prova-de-vinhos-negreiros-abr2010.html
quinta-feira, 22 de abril de 2010
O Negreiros no Guarda Real
O Negreiros no Mini Mercadinho
O que pode haver de melhor do que uma loja gourmet que não se dê ares de loja gourmet?
O Mini Mercadinho, na Av Duarte Pacheco, 8, em Santo Amaro de Oeiras, é o que diz ser, mas é um bocadinho mais do que isso, porque, se, atrás do seu toldo às riscas amarelas e brancas, vende frutas e legumes, são as melhores frutas e os melhores legumes; e se diz que vende vinho, vende o Negreiros. Primeiras caixas entregues hoje.
O Mini Mercadinho, na Av Duarte Pacheco, 8, em Santo Amaro de Oeiras, é o que diz ser, mas é um bocadinho mais do que isso, porque, se, atrás do seu toldo às riscas amarelas e brancas, vende frutas e legumes, são as melhores frutas e os melhores legumes; e se diz que vende vinho, vende o Negreiros. Primeiras caixas entregues hoje.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Ciclo
quarta-feira, 24 de março de 2010
segunda-feira, 22 de março de 2010
Adegga
Um grupo de portugueses com espírito criou uma rede social (tipo Facebook) exclusiva para vinhos - o Adegga. É um instrumento importante (e que tão mais importante será quanto maior for a adesão) tanto para a divulgação (na perspectiva dos produtores) quanto para a informação (na perspectiva dos consumidores).
Qualquer pessoa que prove um vinho e que tenha algo a dizer dele pode fazê-lo através do http://www.adegga.com e qualquer pessoa que queira saber o que se diz de algum vinho tem ali uma fonte importante de opiniões.
Há apenas uma restrição: do Negreiros só se pode dizer bem.
Qualquer pessoa que prove um vinho e que tenha algo a dizer dele pode fazê-lo através do http://www.adegga.com e qualquer pessoa que queira saber o que se diz de algum vinho tem ali uma fonte importante de opiniões.
Há apenas uma restrição: do Negreiros só se pode dizer bem.
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rede social
terça-feira, 9 de março de 2010
quinta-feira, 4 de março de 2010
O Negreiros no Mensa
A Simplicidade e a Sofisticação casaram-se e vivem em Paço D´Arcos. Moram no restaurante Mensa (http://restaurantemensa.com/) e já bebem Negreiros. Primeiras caixas entregues hoje.
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quarta-feira, 3 de março de 2010
Entrevista
Joel de Sousa Carvalho perguntou, um Negreiros respondeu:
http://jcentrevistas.blogspot.com/2010/03/mario-negreiros-vinhos-negreiros.html
http://jcentrevistas.blogspot.com/2010/03/mario-negreiros-vinhos-negreiros.html
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Joel de Sousa Carvalho
segunda-feira, 1 de março de 2010
O Negreiros DOC no DOC de Rui Paula
A excelência gastronómica do Douro chama-se DOC. Dele, vê-se o Douro (o restaurante é, literalmente, em cima do rio, entre a Régua e o Pinhão). Vê-se o Douro, sim, quando se consegue abrir os olhos, que tendem a fechar-se de gozo a cada 3 garfadas que se dá. Rui Paula (http://www.ruipaula.com/) é o Chef. E o Negreiros DOC (Denominação de Origem Controlada) está lá. As primeiras caixas foram entregues hoje.
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restaurante
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Pecar com Negreiros
A partir de agora já se pode cair em tentação no Restaurante Pecados Ibéricos (http://www.guiadacidade.pt/portugal/?G=empresas.ver&sid=18035&li=empresas) com a absolvição plenária de um Negreiros 2005.
As primeiras caixas foram entregues hoje.
As primeiras caixas foram entregues hoje.
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pecados ibéricos
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
16
Foi a nota que o blog Saca-a-rolha (http://saca-a-rolha.blogspot.com/) atribuiu ao Negreiros 2007.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Para não chorar - ou chorar menos - o vinho derramado
Kristine Bjaadal é a designer norueguesa que inventou a Underfull -uma toalha de mesa que torna as manchas de vinho derramado em desenhos decorativos.
Quando chegar ao mercado (por enquanto, só há protótipos) será uma bela prenda para os amigos desastrados... ou para os amigos dos amigos desastrados.
Veja como funciona aqui:
Underfull - the tablecloth that turns spilling into poetry
vimeo.com
Tablecloth prototype, designed by Kristine Bjaadal.
Quando chegar ao mercado (por enquanto, só há protótipos) será uma bela prenda para os amigos desastrados... ou para os amigos dos amigos desastrados.
Veja como funciona aqui:
Underfull - the tablecloth that turns spilling into poetry
vimeo.com
Tablecloth prototype, designed by Kristine Bjaadal.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
O Negreiros no restaurante Gemelli
As criações do chef Augusto Gemelli (http://www.augustogemelli.com/ ) já podem ser acompanhadas por um Negreiros 2005.
As primeiras caixas foram entregues hoje.
Bom apetite!
As primeiras caixas foram entregues hoje.
Bom apetite!
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
O Negreiros no Jornal de Negócios
Fernando Sobral deu-nos 4 das 5 estrelas que tinha.
Não consegui pôr o artigo em PDF mas o texto (sempre saboroso) é o que se segue:
Premium
.
Vinho
Uma tentação do Douro
“Negreiros”Tinto, Douro Superior www.negreirostinto.com
FERNANDO SOBRAL fsobral@negocios.pt
O Douro Superior continua a ser território de vinhos acima da média. E, no meio dos grandes produtores, surgem verdadeiros nómadas que vão refinando o seu talento e gosto, criando pequenas produções que buscam consumidores atentos.
Um desses recentes casos é o Negreiros(de Joaquim Trigo de Negreiros e Mário Negreiros), que surge em forma de tinto, feito na adega da Quinta das Amendoeiras, na margem norte do Douro Superior. É um “terroir” tentador: cerca de 10ha de vinha em solo de xisto, com exposição preponderante a sul. O resultado é um vinho feito com cerca de 20% Touriga Nacional, 15% Touriga Franca, 15% Tinta Roriz e 50% o que os responsáveis gostam de designar como “Vinha Velha” (ou seja, que ao modo dos antigos, foi plantada com as castas tradicionais do Douro à mistura). A produção é, pois, diminuta, sendo reservados cerca de 10 mil litros para a marca Negreiros.
É notória a qualidade do trabalho de João Brito e Cunha (que, recorde-se, foi o primeiro enólogo dos Lavradores de Feitoria, tendo mostrado toda a sua valia com o MC&BC, feito em parceria com a Maria Emília Campos), até porque ele sabe o que faz. Tem-se especializado no trabalho no Douro Superior, não divergindo atenções para outras áreas, o que o tornou um verdadeiro “expert” na zona.
Este vinho Negreiros faz parte de um projecto que começou a desenhar-se de forma mais concreta após a restauração da adega, feita pelo arquitecto Paulo Viana. Preservando a memória do local, a adega foi reforçada com equipamento moderno de fermentação, controlo de temperatura e dois lagares. Grande parte da produção utiliza ainda lagares de granito. Uma das características deste vinho, que denota um aroma intenso e que aparenta boa estrutura, é que devido à sua pequena produção está apenas disponível em algumas garrafeiras especializadas e em restaurantes. As encomendas podem ser feitas através do blog(http://negreirosvinho/.blogspot.com). Na volta podem provar um tinto muito estimulante do Douro.
Não consegui pôr o artigo em PDF mas o texto (sempre saboroso) é o que se segue:
Premium
.
Vinho
Uma tentação do Douro
“Negreiros”Tinto, Douro Superior www.negreirostinto.com
FERNANDO SOBRAL fsobral@negocios.pt
O Douro Superior continua a ser território de vinhos acima da média. E, no meio dos grandes produtores, surgem verdadeiros nómadas que vão refinando o seu talento e gosto, criando pequenas produções que buscam consumidores atentos.
Um desses recentes casos é o Negreiros(de Joaquim Trigo de Negreiros e Mário Negreiros), que surge em forma de tinto, feito na adega da Quinta das Amendoeiras, na margem norte do Douro Superior. É um “terroir” tentador: cerca de 10ha de vinha em solo de xisto, com exposição preponderante a sul. O resultado é um vinho feito com cerca de 20% Touriga Nacional, 15% Touriga Franca, 15% Tinta Roriz e 50% o que os responsáveis gostam de designar como “Vinha Velha” (ou seja, que ao modo dos antigos, foi plantada com as castas tradicionais do Douro à mistura). A produção é, pois, diminuta, sendo reservados cerca de 10 mil litros para a marca Negreiros.
É notória a qualidade do trabalho de João Brito e Cunha (que, recorde-se, foi o primeiro enólogo dos Lavradores de Feitoria, tendo mostrado toda a sua valia com o MC&BC, feito em parceria com a Maria Emília Campos), até porque ele sabe o que faz. Tem-se especializado no trabalho no Douro Superior, não divergindo atenções para outras áreas, o que o tornou um verdadeiro “expert” na zona.
Este vinho Negreiros faz parte de um projecto que começou a desenhar-se de forma mais concreta após a restauração da adega, feita pelo arquitecto Paulo Viana. Preservando a memória do local, a adega foi reforçada com equipamento moderno de fermentação, controlo de temperatura e dois lagares. Grande parte da produção utiliza ainda lagares de granito. Uma das características deste vinho, que denota um aroma intenso e que aparenta boa estrutura, é que devido à sua pequena produção está apenas disponível em algumas garrafeiras especializadas e em restaurantes. As encomendas podem ser feitas através do blog(http://negreirosvinho/.blogspot.com). Na volta podem provar um tinto muito estimulante do Douro.
O que o vinho mais detesta
Há muitas coisas de que o vinho não gosta.
O vinho não gosta de grandes variações de temperatura, de demasiada humidade ou de luz em demasia.
O vinho detesta violência.
Mas o pior que se pode fazer a um vinho é deixá-lo na garrafa quando tudo (nós e o momento) o quer num copo - tudo menos o maldito saca-rolhas, que, vendo-se esvaziado do seu protagonismo, fez-se esquecer numa gaveta.
Mas para tudo há solução. E, entre ficar na garrafa e ir para o copo, embora com alguma (moderada, mesmo cuidadosa) violência, a escolha do vinho é óbvia.
Veja-se em http://www.youtube.com/watch?v=Cq7DBjCzSuE
O vinho não gosta de grandes variações de temperatura, de demasiada humidade ou de luz em demasia.
O vinho detesta violência.
Mas o pior que se pode fazer a um vinho é deixá-lo na garrafa quando tudo (nós e o momento) o quer num copo - tudo menos o maldito saca-rolhas, que, vendo-se esvaziado do seu protagonismo, fez-se esquecer numa gaveta.
Mas para tudo há solução. E, entre ficar na garrafa e ir para o copo, embora com alguma (moderada, mesmo cuidadosa) violência, a escolha do vinho é óbvia.
Veja-se em http://www.youtube.com/watch?v=Cq7DBjCzSuE
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saca-rolhas
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Os Negreiros 2005 e 2007 no blog Pingamor (Miguel Pereira)
sexta-feira, 12 de Fevereiro de 2010
Negreiros tinto 2005
Uma história como muitas outras no Douro. Uma Quinta pertencente a uma familia que produz vinho generoso e que depois o vende às grandes empresas de Vinho do Porto, neste caso, à Cockburn's.
É na Quinta das Amendoeiras o quartel general dos vinhos Negreiros. Desde os meados do século passado nas mãos da familia, o caminho foi engarrafar o vinho produzido. Para isso remodelaram a adega e no ano de 2004 arrancaram para marca própria.
Começaram a fazer vinhos com a enologia de Anselmo Mendes, situação que foi alterada após as duas primeiras colheitas, passando a ser dirigida em 2007 por João Brito e Cunha.
Vão ser provadas as duas colheitas que estão no mercado, 2005 e 2007, dois anos diferentes, dois enólogos diferentes.
Começo pela colheita de 2005. Um vinho feito com castas tradicionais do Douro, assim como Tinta Roriz, Tinta Barroca, Touriga Franca e Touriga Nacional. Estagiou durantes 15 meses em barricas de carvalho francês.
Tem uma cor granada com boa concentração.
Aroma com boa intensidade, que começa por nos dar algumas notas licorosas e achocolatadas. Depois o aroma leva-nos para um ambiente mais duro, mais rústico, com notas de vegetal seco. Continuamos com flores e fruta, que nos faz lembrar cerejas e framboesas.
Boca com bom corpo e uma boa acidez e com os taninos a transmitir alguma (boa) secura. A fruta aparece elegante com cerejas e groselhas, que domina praticamente o palato. Final longo e com boa frescura.
Gostei deste vinho. Tem perfil clássico, com a fruta e as notas vegetais mais austeras dos vinhos da região. Tem um sentido altamente grastronómico. Não é um vinho de provas mas sim para a mesa.
Nota: 15,5.
domingo, 14 de Fevereiro de 2010
Negreiros tinto 2007
Depois de ter provado o 2005, deixo a prova do 2007. Um vinho feito com Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta Barroca e que estagiou 10 meses em barricas de carvalho francês. Primeiro vinho com a enologia de João Brito e Cunha.
Tem uma cor muito escura, compacta.
Aroma intenso, com muitas notas minerais e de chocolate preto amargo, cacau e baunilha. Em ambiente fumado aparecem as notas frutadas e que nos lembram framboesas, ginjas e groselhas.
Boca encorpada e com uma bela acidez. Muito boa conjugação de sabores, onde a fruta aparece elegante e com a companhia de baunilha, cacau e notas minerais. Final longo e compacto.
Na minha opinião, é um vinho claramente superior à colheita de 2005. Um passo à frente na qualidade, pois passa de um vinho com perfil muito regional, muito fechado e egoísta, para um vinho que, apesar de a marca da casa estar lá e o perfil esteja bem marcado, está mais solto, mais complexo e agradável de provar. Um belo vinho, ainda com vida pela frente.
Nota: 16,5.
Negreiros tinto 2005
Uma história como muitas outras no Douro. Uma Quinta pertencente a uma familia que produz vinho generoso e que depois o vende às grandes empresas de Vinho do Porto, neste caso, à Cockburn's.
É na Quinta das Amendoeiras o quartel general dos vinhos Negreiros. Desde os meados do século passado nas mãos da familia, o caminho foi engarrafar o vinho produzido. Para isso remodelaram a adega e no ano de 2004 arrancaram para marca própria.
Começaram a fazer vinhos com a enologia de Anselmo Mendes, situação que foi alterada após as duas primeiras colheitas, passando a ser dirigida em 2007 por João Brito e Cunha.
Vão ser provadas as duas colheitas que estão no mercado, 2005 e 2007, dois anos diferentes, dois enólogos diferentes.
Começo pela colheita de 2005. Um vinho feito com castas tradicionais do Douro, assim como Tinta Roriz, Tinta Barroca, Touriga Franca e Touriga Nacional. Estagiou durantes 15 meses em barricas de carvalho francês.
Tem uma cor granada com boa concentração.
Aroma com boa intensidade, que começa por nos dar algumas notas licorosas e achocolatadas. Depois o aroma leva-nos para um ambiente mais duro, mais rústico, com notas de vegetal seco. Continuamos com flores e fruta, que nos faz lembrar cerejas e framboesas.
Boca com bom corpo e uma boa acidez e com os taninos a transmitir alguma (boa) secura. A fruta aparece elegante com cerejas e groselhas, que domina praticamente o palato. Final longo e com boa frescura.
Gostei deste vinho. Tem perfil clássico, com a fruta e as notas vegetais mais austeras dos vinhos da região. Tem um sentido altamente grastronómico. Não é um vinho de provas mas sim para a mesa.
Nota: 15,5.
domingo, 14 de Fevereiro de 2010
Negreiros tinto 2007
Depois de ter provado o 2005, deixo a prova do 2007. Um vinho feito com Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta Barroca e que estagiou 10 meses em barricas de carvalho francês. Primeiro vinho com a enologia de João Brito e Cunha.
Tem uma cor muito escura, compacta.
Aroma intenso, com muitas notas minerais e de chocolate preto amargo, cacau e baunilha. Em ambiente fumado aparecem as notas frutadas e que nos lembram framboesas, ginjas e groselhas.
Boca encorpada e com uma bela acidez. Muito boa conjugação de sabores, onde a fruta aparece elegante e com a companhia de baunilha, cacau e notas minerais. Final longo e compacto.
Na minha opinião, é um vinho claramente superior à colheita de 2005. Um passo à frente na qualidade, pois passa de um vinho com perfil muito regional, muito fechado e egoísta, para um vinho que, apesar de a marca da casa estar lá e o perfil esteja bem marcado, está mais solto, mais complexo e agradável de provar. Um belo vinho, ainda com vida pela frente.
Nota: 16,5.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Os meus primeiros 500
Prezo a amizade como um dos principais patrimónios a construir numa vida. E não acredito que haja coração capaz de guardar mais do que, digamos, 15 amigos dignos desse nome. Nessa perspectiva, não me agrada a banalização da palavra “amigo” no Facebook. Melhor seria chamá-los de parceiros, o que já não é pouco, na medida em que pressupõe interesse mútuo, confiança, solidariedade, compreensão, boa-fé – uma série de valores nobilíssimos e inerentes, também, a uma amizade.
Isto tudo porque, no dia 25, pus o vinho Negreiros no Facebook e, uma semana depois, já contava 500 parceiros – gente que demonstrou algum (e tenho consciência de que nesse “algum” cabe uma variação enorme de intensidade) interesse no que fazemos.
É aí que entra outro valor importante: a gratidão. Serve este para manifestar a minha real e genuína gratidão a cada uma das já mais de 500 pessoas que se tornaram, através do Facebook, parceiras do nosso projecto, e, muito especialmente, às que, a partir do Facebook, passaram a seguir o blog do Negreiros.
Essa gratidão alimenta a minha vontade de contribuir tanto quanto possível para enriquecer o blog e os posts do Facebook (em que sou neófito – ainda não percebi como usar muitas das suas funcionalidades) mas, acima de tudo, de me esmerar no vinho, nele próprio, até porque, como já o fez notar Vinicius de Moraes, “não há notícias de alguma grande amizade nascida numa leitaria”.
Isto tudo porque, no dia 25, pus o vinho Negreiros no Facebook e, uma semana depois, já contava 500 parceiros – gente que demonstrou algum (e tenho consciência de que nesse “algum” cabe uma variação enorme de intensidade) interesse no que fazemos.
É aí que entra outro valor importante: a gratidão. Serve este para manifestar a minha real e genuína gratidão a cada uma das já mais de 500 pessoas que se tornaram, através do Facebook, parceiras do nosso projecto, e, muito especialmente, às que, a partir do Facebook, passaram a seguir o blog do Negreiros.
Essa gratidão alimenta a minha vontade de contribuir tanto quanto possível para enriquecer o blog e os posts do Facebook (em que sou neófito – ainda não percebi como usar muitas das suas funcionalidades) mas, acima de tudo, de me esmerar no vinho, nele próprio, até porque, como já o fez notar Vinicius de Moraes, “não há notícias de alguma grande amizade nascida numa leitaria”.
Obrigado!
Mário Negreiros
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
2008
Na cozinha da Quinta das Amendoeiras, o enólogo João Brito e Cunha concentra-se na prova de 27 garrafas, correspondentes aos 27 cascos em que foi posta a colheita de 2008, para definir os lotes a fazer.
Desde já, está decidido que do 2008 não se fará "Reserva". O vinho que o faria será usado para enriquecer o "Negreiros Colheita 2008". Não queremos contribuir para a banalização da qualificação "Reserva" (pela mesma razão, mantemos o "Reserva 2007" - o pleonasmo é intencional - reservado, a cumprir mais algum tempo de estágio em garrafa antes de o lançar no mercado).
Além disso, não queremos recuar nem um milímetro no padrão de qualidade alcançado com o "Negreiros 2007" e, para isso, os melhores lotes terão um papel importante a cumprir. E se o 2008 ficar ainda melhor, a "culpa" será deles.
Douro castanho
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